Foto: Estrada Buriti em 1951 (Kimura) e Estr. Buriti em 2016 (do autor)
Café, o Ouro Negro - Relato de Wilson José da Freiria Quinta-feira, 19/11/2015.
Em 1953, aos doze anos, cheguei ao município de Jussara acompanhando a minha família, meus pais e mais seis irmãos. Viemos da Estrada Jaguaruna, do município de Marialva.
Meu pai, depois de três anos tocando lavoura de café nesse sítio empreitado, em Jaguaruna, com o resultado de boas safras, foi possível comprar o lote de terras número 147-A, de cinco alqueires, na Estrada Buriti, fazendo fundos com o Rio Cananeia. Foi preciso acabar de derrubar o mato para formar a lavoura de café. O lote foi adquirido direto da Companhia, diretamente do Corretor.
Naquela época vínhamos poucos em Jussara que era um patrimônio. Vínhamos apenas na Igreja, a que foi queimada devido a um raio, às vezes, vínhamos fazer algumas compras nos mercados de seco e molhados. Já tinham os comerciantes Manoel José Soares, José Bordin, Pedro Pardo, Irmãos Mitsuhashi.
Os pagamentos dos impostos tinham que ser feitos em Peabiru. Outra coisa, quando alguém de casa ficava doente íamos para Terra Boa para tratar com o Dr. Henrique.
Quando era preciso vir à Jussara, fazíamos todo o trecho a pé, pois não tínhamos outra maneira naqueles primeiros anos. Mas, já existia a Venda Queimada que era mais perto, se eu não me engano a Venda Buriti Também.
Mas, as estradas não eram como essas de hoje. Eram praticamente picadas e de difícil tráfego. Mas a região valia a pena, pois nunca se tinha a ideia de sacrifício. Parecia ser tudo normal.
Nota do Editor
Segundo o jornalista, Rogério Recco, em seu livro, À Sombra dos Ipês da Minha Terra, a Companhia de Terras Norte do Paraná, fez a maior reforma agrária que se tem história das colonizações. "Os lotes rurais deveria ter 15 alqueires paulistas ou 36 hectares", (Recco, p. 27). Tudo muito bem planejado. Ao fundo, o rio e, à cabeceira, a estrada.
Outra importante contribuição para a colonização foi à ideia de Antônio Barbosa Ferraz, de que o café seria uma espécie de moeda de troca. "As terras eram adquiridas da Companhia e pagas em vários anos com recursos provenientes do próprio cafezal", (Recco, p. 27).
Muitos se têm perguntado sobre as origens dos nomes das glebas, rios, vales, cidades. A resposta, segundo o livro "Colonização e Desenvolvimento do Norte do Paraná" publicado em 1975, os nomes das águas tinham origens diversas: desde o dicionário guarani, acidentes geográficos europeus, nomes de Santos e até mesmo nomes de namoradas de seus agrimensores.
“Os Bandeirantes só conseguiram desbravar este País, porque existiram mulas e cavalos que lhes ajudaram em tais missões, sem os quais a pé seria quase impossível”. (Diogo Sanches)
Livro Histórias de Jussara na Visão de Pioneiros, por Joaquim B. de Souza - Clube de Autores
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Livro Jussara Além do Ivai, por Quirino Ramos Maia - Clube de Autores
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