Foto:Acervo da família - Na foto Vady Preciso, Domingos Menolli e Tuca posam ao lado da Rural em 1967
Do Café ao Algodão - Relato de Vady Preciso Quinta-feira, 03/12/2015
Quando, em 1962, recém-casado, cheguei aqui no município de Jussara a lavoura de café já havia sofrido uma grande geada, por isso preferi investir na lavoura de algodão.
O lote onde me estabeleci depois de chegar de Ibiporã era na Estrada Palmeiras, no local denominado de Pé de Galinha, próximo ali da Venda Queimada. O sítio era de dez alqueires, mas eu tocava três, o restante era também da família.
Em termos de dificuldades, como todos sabem, na época um dos principais meios de transportes para os produtores rurais entre a zona rural e a cidade era a carroça, exceto quando a viagem se destinava a levar a produção, como o algodão, que era entregue a cerealistas como do Sr. Bordin ou Sr. Ozano; e as estradas não eram "aquela coisa". Nas outras ocasiões, por exemplo, como vir ao comércio ou a bancos, nessa época tinha o Banco Nacional e o Banco Comercial do Paraná, quase sempre o veículo utilizado era de tração animal.
Safra de algodão nos anos 60
Essa transição do café para outras culturas como algodão, e posteriormente, a soja, milho, ainda demoraria um pouco. Somente em 1975 quando uma forte geada devastou os cafezais do Paraná inteiro, foi efetivada essa nova agricultura. Entretanto, nessa época eu já estava à frente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Jussara e conciliar as duas tarefas de produtor de algodão e ser responsável pelo Sindicato ficaram um pouco difícil, por isso decidi pelo Sindicato. Portanto, desde 1973 aos dias atuais estive a frente do Sindicato, somando-se aí 42 anos.
O Sr. Vady Preciso foi também Relator da Lei Orgânica do Município quando vereador na gestão de 1989–1992.
Foto: Safra de algodão final da década de 1960 | Crédito da imagem: Vady Preciso
Nota do Editor
Segundo o Rogério Recco em seu livro, "À Sombra dos Ipês da Minha Terra" um grupo de ingleses desembarcou no Rio de Janeiro em dezembro de 1923, enviado por credores da dívida brasileira com o propósito de negociar esta dívida (...) com o propósito de encontrar terras para o plantio de algodão para suprir a Indústria têxtil britânica (...). Entretanto, a colonização do Norte e Noroeste do Paraná se deu em função da cafeicultura.
Segundo a pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco, Semira Adles Vainsencher, "a produção comercial do algodão começou nos estados da Região Nordeste e o primeiro grande produtor foi o Maranhão que, em 1760, exportou para a Europa os primeiros fardos do produto". Atualmente, destaca-se como o 4° maior produtor de algodão o Estado do Mato do Sul; 3° o Estado de Goiás; 2° o Estado da Bahia; e o 1° maior produtor de algodão no Brasil é o Estado do Mato Grosso. O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de algodão, (Embrapa).
Atualmente, o Paraná não consegue atender nem 15% da necessidade do mercado estadual. Em outros tempos, o “Paraná chegou a ser o responsável pela metade da produção brasileira”. (Paraná Online/Economia).
Livro Histórias de Jussara na Visão de Pioneiros, por Joaquim B. de Souza - Clube de Autores
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Livro Jussara Além do Ivai, por Quirino Ramos Maia - Clube de Autores
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