Foto: Acervo da família - Anor Bernardino com seus pais
Formatura do Ginasial, em 1973.
Das Serrarias às Cafeeiras - Relato de Anor B. da Silva Filho Quarta-feira, 25/11/2015
Ainda um bebê cheguei à Jussara vindo de Apucarana com os meus pais, Sr. Anor Bernardino e Dona Alvina, com mais dois irmãos e duas irmãs, no ano de 1954.
Nesta época Jussara nem era município e sim um patrimônio que pertencia a Engenheiro Beltrão. Do que eu recordo, já na idade escolar, é que meu pai veio formar lavoura de café, adquirindo um lote de terra na Estrada Cristalina. Posteriormente, meu pai se estabeleceu na cidade com Barbearia. Era comum naquele período famílias de outras regiões, do Brasil inteiro, adquirirem seus lotes de terra para formar lavouras de café.
Outras características da época eram as serrarias. Recordo pelo menos cinco delas: Serraria Jussara, do Sr. Paulo Tuminaga, localizada na Estrada Velha para Maringá, onde tinha uma colônia de vinte e duas famílias, só para dar uma ideia do tamanho da serraria. Não menos importantes lembro-me da Serraria Gaúcha, Serraria dos Andrades, Serraria dos Alemães, que também era responsável pela geração de energia para Jussara em sua usina própria.
Ao mesmo tempo em que a derrubada da mata avançava, surgiam as cafeeiras. Recordo da Cafeeira Glória, da família Mitsuhashi, Cafeeira do Sr. José Corazza, Cafeeira do Sr. Manoel José Soares, o primeiro prefeito de Jussara, Cafeeira Preis e a Cafeeira dos senhores José Bordin e Lino Parker.
Nos anos 60 duas fábricas de palmitos também ajudavam a gerar empregos: Fábrica de Palmitos Eldorado, do proprietário Titan, localizada em frente ao Estádio Municipal Capitão Luiz Bompeixe. Fábrica de Palmito Flórida, de Wilson Marinho, localizada na Rua Bandeirantes esquina com a rua XV de Novembro.
Outro importante comércio que também deixou de existir, as arrozeiras. Recordo da Arrozeira do Sr. José Iramina e José Kaneshiro. Arrozeira Aliança, do Sr. Aurélio da Casa Aliança. Claro, que outros comércios também existiam para atender a população que em seu ponto alto alcançou quase dezessete mil habitantes, como Comercial Catarinense, Casa Glória, Casas Pernambucanas, Lojas Riachuelo, entre outros.
Mesmo com as dificuldades da época em se locomover pela Estrada Velha para Maringá em tempo de chuva, quanto em alguns pontos, ficavam intransitáveis retendo caminhões e outros veículos por dias, não impediam que famílias de outras regiões viessem formar suas lavouras de café ou se estabelecer na cidade. Com certeza, há muitas outras recordações.
Nota do Editor
Segundo o autor do livro A Sombra dos Ipês da Minha Terra, a "colonização do Norte e Noroeste do Paraná se deu em função da cafeicultura e, recrudesceu, com a fundação, em 1925, da Companhia de Terras Norte do Paraná". (RECCO, Rogério. À sombra dos ipês da minha terra . Ed. Midiograf, 2005).
Com o slogan "visite o Norte do Paraná e mande buscar sua família" (Clareira Flamejante, p. 29), difundido por todo o centro do País, principalmente, nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, a notícia de riqueza e prosperidade através do "ouro negro" impulsionou a colonização. (RECCO, Rogério. Clareira flamejante . Ed. Midiograf, 2007).
Livro Histórias de Jussara na Visão de Pioneiros, por Joaquim B. de Souza - Clube de Autores
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Livro Jussara Além do Ivai, por Quirino Ramos Maia - Clube de Autores
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Livro Vida de Tropeiro, por Quirino Ramos Maia - Clube de Autores
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